Alargadores são plugs, madeiras, pedras ou qualquer tipo de dilatador, usado para dilatar o lóbulo da orelha e outras partes do corpo. Os lóbulos das orelhas são o local mais comum, assim como o septo, língua, cartilagens e lábio.
Vale a pena ressaltar que quando pesquisamos sobre alargadores, é muito fácil encontrarmos alguns tutoriais de como alargar em casa, o famoso ‘faça você mesmo’, e eis algumas questões que vale a pena considerar. ‘Sempre procure um profissional’, principalmente se a idéia é alargar muitos mm de uma vez. No caso será realizado um corte com o bisturi no local, do tamanho da jóia desejada. Já quem busca alargar em casa, aconselha-se ir alargando no máximo de 2 em 2 mm para ser um procedimento menos traumático para o corpo, pode ser usado peças em espirais ou pinos para esse procedimento. Essas peças começam mais finas e vão aumentando o diâmetro. Independente da forma que se optar, sempre respeite o limite do seu corpo, pois pode machucar, dar queloide, rasgar a orelha, etc.
Já os cuidados da cicatrização são basicamente os mesmos de quando se coloca um piercing (temos um post sobre cuidados com piercings em nossa fanpage).
NUNCA use para alargar seu corpo objetos como fita isolante, veda rosca, tampa de caneta, qualquer coisa redonda. Além de machucar a região, a probabilidade de lhe trazer um problema é muito grande, pois são objetos para outros fins, não tem como fazer uma higienização correta, além de alguns produtos serem tóxicos.
Curiosidades
O hábito de esticar orelhas e lábios tem as mais variadas origens em vários lados do mundo, mas pode ter começado ainda no Egito antes do início da escrita.
No Brasil, os índios Waurá, Caiapós e Botocudos têm em suas orelhas e lábios estes importantes adornos de suas culturas.
Caiapós e Botocudos acreditam que estes adornos estão ligados ao dom que a pessoa tem, os que usam nas orelhas são bons ouvintes, e as pessoas que usam na boca tem o dom da palavra.
Ainda no Brasil, os índios Waurá, do Parque do Xingu - Mato Grosso, contam a história de Kamukuaká, um belo e poderoso espírito que surgiu antes da criação do mundo e dos homens. Kamukuaká não tem pai nem mãe e por isso não tem umbigo. Certo dia ele decidiu promover uma grande festa em sua aldeia.
O Sol, que morava num buraco nas pedras do rio Batovi, tinha inveja de Kamukuaká e decidiu matá-lo. Durante a festa, o Sol atirou uma flecha na cabeça de Kamukuaká, que desviou o rosto. A flecha apenas furou uma de suas orelhas. O Sol atirou outra flecha, mas o espírito desviou-se novamente e só a outra orelha foi furada.
Em homenagem a Kamukuaká os outros jovens que estavam na aldeia também furaram as próprias orelhas, e a festa acabou sem que o Sol fizesse mal a Kamukuaká. Ainda hoje, os jovens garotos Waurá participam de um rito de passagem onde têm suas orelhas furadas.
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